sexta-feira, 17 de junho de 2011

A NECESSIDADE DO CORPO (ADÉLIA PRADO)

Nenhum pecado desertou de mim.

Ainda assim eu devo estar nimbada,

porque um amor me expande.

Como quando na infância

eu contava até cinco para enxotar fantasmas,

beijo por cinco vezes minha mão.

Este é meu corpo,

corpo que me foi dado

para Deus saciar sua natureza onívora.

Tomai e comei sem medo,

na fímbria do amor mais tosco

meu pobre corpo

é feito corpo de Deus.

Um comentário:

Unknown disse...

Esplêndido, e como você mesmo diz: " O sol é sempre o mesmo, mais cria um cenário diferente a cada dia..."