sexta-feira, 2 de agosto de 2013

EVANGELHO DE MT 13, 54-58

           Este evangelho de hoje, dentro da dinâmica catequética de Mateus, marca o início do quarto livrinho, que tem como tema “A Igreja – Semente do Reino”, que vai até o final do capítulo 18. Aqui é fundamental que se entenda que não se trata da igreja templo, pois, a igreja enquanto templo já existia e eram chamados de Sinagoga. Mas, sim, de uma Igreja enquanto reunião de pessoas que tinham, ou buscavam ter, a mesma fé, o mesmo objetivo. É o que chamamos de “Igreja, povo de Deus a caminho.
Para o evangelista esta Igreja tem como marca princípios fundamentais que visam tomar decisões e resolver conflitos: a solicitude pela ovelha perdida e pelos pequenos do Reino, o perdão e a humildade. Neste episódio de hoje, os conterrâneos de Jesus colocam a questão sobre a origem da autoridade dele, admirados de seu ensinamento e poderes milagrosos. É impossível que Jesus, sendo um deles, tenha autoridade de Deus. Por isso, eles o rejeitam. Essa rejeição não é acidental: é apenas uma prova a mais de que Jesus é o enviado de Deus. De fato, todos os profetas do Antigo Testamento também foram rejeitados.
Os conterrâneos de Jesus se escandalizam: não querem admitir que alguém como eles possa ter sabedoria superior à dos profissionais e realize ações que indiquem uma presença de Deus. Para eles, o empecilho para a fé é a encarnação, ou seja, é inadmissível que Deus assuma a condição humana e esteja situado dentro do contexto social, situado na história. Isto nos leva a refletir sobre as nossas ações, as nossas atitudes (ou a nossa falta de atitude), para percebermos se o que fazemos ou falamos são atitudes messiânicas, isto é, se são sinais da presença de Deus no hoje da nossa história.
É necessário que façamos uma opção fundamental pelo Reino e nos coloquemos a caminhar para a realização desse Reino no hoje da nossa história. A realidade está bem a nossa porta e é gritante. Os pequenos do Reino batem constantemente a nossa porta e o que nós estamos fazendo? Que atitudes tomamos? Será que estamos sendo sinais da presença de Deus na vida dessas pessoas? Ou simplesmente viramos as costas e dizemos que não é problema meu. O próprio Jesus nos diz que “Todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores do Reino, foi a mim que o fizeram” (Mt 25, 40)  

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