Esta
narrativa de hoje, dentro da dinâmica catequética de Mateus, pertence ao início
do segundo livrinho “A dinâmica do Reino”. Para Mateus o Reino de Deus não é
algo estático, mas se trata de algo dinâmico onde, dentro dessa dinamicidade,
Jesus vai mostrar e tomar consciência do seu messianismo. Dessa forma, mostrará
em que a Justiça do Reino supera a justiça dos homens.
Esta primeira parte do segundo livrinho
é narrativa, onde o evangelista fará o relato dos dez milagres: a cura de um
leproso (8, 1-4); cura do servo de um centurião (8, 5-13); cura da sogra de
Pedro (8, 14-15); diversas curas (8, 16-17); a tempestade acalmada (8, 23-27);
cura de um paralítico (9, 1-8); a ressurreição da filha de Jairo (9,
18-19.23-26); cura de uma hemorroíssa (9, 20-22); cura de dois cegos (9,
27-31); cura de um endemoninhado mudo (9, 32-34). Com isso Mateus quer mostrar
a autoridade de Jesus.
Nesse episódio de hoje há algo que nos
chama a atenção. O leproso sabia que quem estava em sua frente era Jesus, o
filho de Deus, o Messias, aquele que tinha o poder para livrá-lo de vez da sua
enfermidade. No entanto, para surpresa de todos, inclusive de Jesus, ele não
pede a cura. Ele pede para ser purificado. Percebe-se, então, que há um mal
muito maior e que precisa ser curado. O leproso era um marginalizado da vida
social. Através da cura, Jesus o reintegra na comunidade. O verdadeiro
cumprimento da lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a
pessoa fique purificada.
Peçamos ao Deus da vida que nós
estejamos sempre prontos para escutar a sua Palavra e vivenciá-la no coração,
na vida e na missão (Shemá). Que Ele esteja sempre conosco nos ajudando a
identificar as “lepras” da nossa sociedade para que sejam transformadas em
sinais de vida. Que o amor de Deus esteja sempre em nossos corações. Amém!
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